Sejam Bem Vindos

Esse blog foi criado com o objetivo inicial de fazer um trabalho de sociologia, mas ao decorrer do projeto percebemos que o tema abordado em nosso blog, a violência, pode ser estudado não só como um trabalho de escola, mais precisa ser estudado e entendido para que possamos assim, compreender o conceito de violência e buscar causas para diminuir ou acabar com ela.

Nesse blog, você encontrará, noticias, informações e muito conteúdo sobre a violência em nossa sociedade. Bom proveito.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

“Como a sociedade vê a violência?”

O nosso blog violência na sociedade 1°B irá apresentar uma série de entrevistas e veremos o que a sociedade pensa sobre o que é violência, quais são as causas da violência e as possíveis soluções para acabar ou diminuir a violência.

Entrevista com Cléia Milan Azize, 32 anos, Vendedora

Cléia, pra você, o que é violência?
"Violência pra mim é quando agredimos o nosso próximo de alguma maneira".

E quais são as causas da violência?
"A causa da violência está na desigualdade social, quando uma pessoa tem menos que a outra, ela busca a violência para conseguir o que quer".

A senhora acredita que exista alguma forma pra diminuir, ou acabar com a violência?
"Acredito, se as pessoas tiverem uma base de paz, a violência não existirá mais".

Entrevista com Priscila Bibiano Jacoud, 50 anos, Florista.

Para a senhora o que é violência?
"Pra mim, violência pode ser física, violência moral, verbal e moral, é quando a gente de alguma forma agride o outro".

Quais são as causas da violência?
"A falta de estrutura familiar, falta de dinheiro e as drogas".


Quais são as possíveis soluções para acabar ou diminuir com a violência?
"Se o governo primeiramente investisse em educação".

Entrevista com Glauce Lima D’Ornellas, 38 anos, Empresária.

Senhora Glauce, pra você o que é violência?

“Bom, pra mim violência é quando você não respeita o outro, a integridade física, mental e moral da pessoa, quando você pensa em agredir, ou quando você não vê alguma forma de resolver o problema apenas com uma conversa, então você precisa agredir essa pessoa física, moral e mentalmente, isso pra mim é violência.

E pra senhora, quais são as causas da violência?

“Bom, eu acredito que a causa da violência, está na desigualdade social que a gente vive hoje, as pessoas sem as condições básicas pra sobrevivência não tem muito acesso a informação e a educação e essa falta de estrutura na base faz com que as pessoas não consigam resolver seus problemas apenas conversando, tenham que partir pra essa forma de agressão.”

A senhora acredita que exista alguma forma pra diminuir, ou acabar com a violência?

“Sim, eu acredito que se deva começar pela conscientização das pessoas que tudo possa ser conseguido através do diálogo, e principalmente a oportunidade que as pessoas possam a vir a ter, pra ter acesso a informação, a educação e com as condições mínimas de sobrevivência sanadas, elas possam realmente conseguir superar e diminuir a violência ou quem sabe no futuro acabar com ela.”

Entrevista com Sheila Cunha, 34 anos, Professora de Língua Portuguesa

Professora Sheila, para a senhora o que é violência?
"É um ato que impede o ser humano de ter liberdade".

E quais são as causas da violência?
"A falta de princípios, valores, a falta de respeito a si e ao outro, a desigualdade social, renda má distribuída, gera revolta e conflitos. A desestrutura familiar, pessoas sem apoio, sem exemplos, buscam na violência um rumo para suas vidas. A sociedade consumista faz com que aqueles que não possuem algo de valor, usem de meios violentos e ilícitos para conseguir-lo".

Quais são as possíveis soluções para acabar ou diminuir com a violência?
"Desenvolver nas crianças e nos jovens princípios de respeito, tolerância, caráter, para que o espaço do outro ser humano não seja afetado e destruído. Hoje a sociedade está trancada, presa, temendo atos de violência de todas as formas".

Entrevista com Márcia Aparecida Matias Fantine, 49 anos, Professora de Ed. Física

Professora Márcia, para a senhora o que é violência?
"Violência são brigas, desavenças, desunião das famílias, quando as pessoas não tem amor uma pelas outras".

Quais são as causas da violência?
"A falta de trabalho para manter as pessoas, para fazer com que elas tenham um sustento e que não precisem agir com violência para conseguir o que querem".

Quais são as possíveis soluções para acabar ou diminuir com a violência?
"O governo deveria ser mais rígido com as leis em nosso país. E deveriam trazer a cadeira elétrica para o Brasil".

O que é violência?


Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.
Para todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a violência se manifesta de várias maneiras. Na comunidade internacional de direitos humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade de ir e vir, de consciência e de culto); políticos (direito a votar e a ser votado, ter participação política); sociais (habitação, saúde, educação, segurança); econômicos (emprego e salário) e culturais (direito de manter e manifestar sua própria cultura). As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades. Não é possível deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência existentes no campo.
A violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provocam sobre as pessoas e as regras de convívio na cidade. A violência urbana interfere no tecido social, prejudica a qualidade das relações sociais, corrói a qualidade de vida das pessoas. Assim, os crimes estão relacionados com as contravenções e com as incivilidades. Gangues urbanas, pichações, depredação do espaço público, o trânsito caótico, as praças malcuidadas, sujeira em período eleitoral compõem o quadro da perda da qualidade de vida. Certamente, o tráfico de drogas, talvez a ramificação mais visível do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas grandes e problemáticas periferias.
Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.

Causas da violência


A violência que mata e que destrói está muito mais para sintoma social do que doença social. Aliás, são várias as doenças sociais que produzem violência como um tipo de sintoma. Portanto, não adianta super-armar a segurança pública, lhes entregando armas de guerra para repressão policial se a “doença” causadora não for identificada e combatida.

Já é tempo da sociedade se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam a violência). No entanto, as ações erradas existiram e alguém as cometeu, caso contrário não haveria violência.

Em todo o Mundo as principais causas da violência são: o desrespeito -- a prepotência -- crises de raiva causadas por fracassos e frustrações -- crises mentais (loucura conseqüente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros).

Exceto nos casos de loucura, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.

No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito. O desrespeito é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violências.

Nas grandes metrópoles, onde as injustiças e os afrontamentos são muito comuns, os desejos de vingança se materializam sob a forma de roubos e assaltos ou sob a forma de agressões e homicídios. Já a irreverência e a libertinagem estimulam o comportamento indevido (comportamento vulgar), o que também caracteriza desrespeito e produz fortes violências.

Observe que quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de desculpas e de arrependimento), certa­mente que ao seu tempo resultarão em violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência.

Sabendo-se que o desrespeito é o principal causador de violência, podemos então combater a violência diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: seja o desrespeito econômico, o desrespeito social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as pessoas (a “má educação”). Em termos pessoais, a melhor maneira de prevenir a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação. Em termos governamentais, as autoridades precisam estimular relacionamentos mais justos, menos vulgares e mais reverentes na nossa sociedade. O governo precisa diminuir as explorações econômicas (as grandes diferenças de renda) e podar o excesso de “liberdades” principalmente na TV e no sistema educativo do país. A vulgaridade, praticada nos últimos anos vem destruindo valores morais e tornando as pessoas irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconseqüentes. Por isso, precisamos, também, restabelecer a punição infanto-juvenil tanto em casa quanto na escola. Boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos insensatos. Precisamos educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se diminuirmos os ilusórios direitos (causadores de rebeldias, prepotências e desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de guerra nas mãos da polícia para matar nossos jovens cidadãos (como tem acontecido tão freqüentemente).

Soluções possíveis para diminuir ou acabar com a violência


A violência de hoje em dia está cada vez maior, em todos os lugares sem exceções. Nas casas, a violência entre pais e filhos está enorme. Geralmente essas violências são feitas por filhos drogados, envolvidos em algum tipo de criminalidade. Nas ruas a violência também só havia aumentado de 2005 pra esse ano, pois o índice de racismos e julgamentos pela aparência estão grandes. A violência nas escolas também não pode ficar pra trás, aumentam cada vez mais, tanto nas saídas das aulas, quanto nas próprias salas de aula.

O índice de violência brasileira está começando a ser a maior mundialmente. Para tentar acabar com isso, os pais são responsáveis de conversar e instruir os seus filhos.
O que pode diminuir a violência é a uma boa estrutura social e não apenas investimento em segurança. Para se ter uma sociedade menos violenta, é preciso investir em educação, ações sociais e renda. A união das secretarias de educação, ação social e justiça dos municípios pode aumentar a eficiência do serviço público.
Mais investimentos sociais nos bairros com maiores índices de violência, com foco em controle de natalidade, geração de empregos, moradia, educação em tempo integral e incentivo ao esporte. Em paralelo, um maior incremento do aparato policial, até mesmo com uma polícia única, e ainda com uma reformulação da legislação penal, permitindo ao Judiciário agilidade nas suas ações. "Parar de se preocupar em dar direitos excessivos a bandido. Não confundir liberdade com permissividade. Isso talvez desincentivo o crime de imediato. E para o futuro, investimento sério em políticas sociais.
Geração de emprego e renda, saneamento, transporte público de qualidade e atuação firme dos órgãos de segurança na ostensividade e na repressão ao crime.
Para acabar com a violência é preciso acabar com a influência em todos os segmentos da sociedade, somente os pobres estão pertos da violência, a elite raramente sofre com a violência deste País, pois têm carros blindados, muros altos, cerca elétrica, monitoramento com vídeo, seguranças e seguro.
O nosso Congresso só funciona na base de muita pressão, clamor público e olha lá, somente prá abafar, nunca prá resolver. É preciso resolver as questões de educação no Brasil de fato e não com enganações, pois os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem e quem perde com isso é a nação que terá uma massa fácil de ser manipulada; a grade curricular tem que ser feita sem acertos e arranjos, tira o que é desnecessário e coloca o quê efetivamente vai acrescentar algo na vida da sociedade.
Precisamos simplificar não se pode criar dificuldades para a obtenção de facilidades, ou se reinventa o Brasil ou estamos fadados a conviver para sempre com a violência.

Numero de homicídios que ocorrem no Brasil anualmente

A cada 12 minutos, uma pessoa é assassinada no Brasil. Por ano, são registrados 45 mil homicídios no País. A afirmação foi feita pelo coordenador-residente da ONU no Brasil, Carlos Lopes.
Ele confirmou os termos do artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em que afirma que a prática de assassinatos e execuções sumárias tem uma dimensão preocupante no País. "A probabilidade de um assassino ser condenado e cumprir pena até o fim no Brasil é de apenas 1%", informou. Carlos Lopes afirmou também que o Brasil tem cerca de 3% da população mundial e registra 12% dos homicídios que acontecem.

Estado e cidade com maior índice de violência

Coronel Sapucaia (MS) é o município com a maior taxa média de homicídios do país, levando-se em conta o número de mortes e o tamanho da população. Apesar de ter havido 13 homicídios na cidade em 2006- que ocupava, com dados de 2004, o 3º lugar da pesquisa -, o pequeno tamanho da população (14,6 mil habitantes) faz com que, na média, Coronel Sapucaia ocupe o topo do ranking.

Além de Coronel Sapucaia (MS), Colniza (MT) e Recife, fazem parte da lista de 10 cidades mais violentas Itanhangá (MT), em 3º lugar; Serra (ES), em 4º; Foz do Iguaçu (PR), em 5º; Tailândia (PA), em 6º; Guairá (PR), em 7º; Juruena (MT), em 8º; e Tunas do Paraná (PR), em 10º.
A cidade em que o número absoluto de homicídios foi maior em 2006 é São Paulo, com 2.546 mortes. O Rio de Janeiro vem em seguida, com 2.273. Recife está em 3º, com 1.375 homicídios.